terça-feira, 30 de outubro de 2012

mais um concurso e uma longa jornada

mas olha como é a vida. hoje estava ansiosa para pegar o resultado de um concurso literário lá do paraná. e foin, não levei nada. ai um amigo me dá os parabéns pelo concurso "brasília é uma festa". não entendi. fui conferir e sim, é verdade! fiquei em 7º lugar!!!! vou ganhar diploma, publicar em uma antologia e ainda levo 10 exemplares do livro. é ou não é pra ficar orgulhosa? nem bem comemorei o quarto lugar de ontem e já vem esse. nossa, é o começo da realização de um sonho. a meta agora é não desistir. aperfeiçoar, exercitar, escrever, escrever até morrer. e ir em frente fazendo o que eu gosto e principalmente fazendo o que eu estou aprendendo a fazer (ninguém sabe completamente tudo). sinto que estou no caminho certo. e como estou orgulhosa de mim! eu juro que não esperava nada. arrisquei e tá dando certo. são os primeiros. os próximos virão. e mesmo que não ganhe nada, vale a experiência, a vivência e o aprendizado.
estou feliz, resumindo, é isso.
a saber, neste foram 317 concorrentes e "Os jurados avaliaram os concorrentes de acordo com os seguintes critérios: adequação ao tema, linguagem (adequação ortográfica e correção linguística), originalidade, criatividade e apreço pessoal do avaliador. As notas foram de 01 (um) a 05 (cinco). 01 (um) para ruim; 02 (dois) para fraco; 03 (três) para regular; 04 (quatro) para bom e 05 (cinco) para ótimo".  

http://www.brasiliaeumafesta.com.br/site/

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

meu primeiro concurso literário

este ano resolvi fazer algo diferente: encarar minha carreira de escritora. eu nunca pensei que fosse tão difícil e ao mesmo tempo tão gratificante. comecei aos poucos, criei um blog, este aqui, os assuntos foram crescendo, tomei gosto pela coisa e acabei criando outros três, agora sou responsável por quatro blogs. faço por hobby, por ter muito a dizer, para me divertir e para exercitar essa tão difícil arte que é escrever. já contei aqui que uma das minhas metas é ler 5 mil livros durante minha vida toda. outra meta é escrever pelo menos 5 livros. até o fim da vida não é possível que não vá conseguir. tudo bem que comecei tarde, mas o que importa é começar. na verdade eu sempre escrevi. sempre fui meio metida a poeta, sempre me embretei por esse mundo das letras. acabei fazendo jornalismo por gostar muito de escrever. fiz quatro semestres de bacharelado em letras português e respectiva literatura na unb. mas o processo para terminar o curso foi tão enrolado que eu acabei me formando em jornalismo, comecei a trabalhar,  tive que trancar letras e acabei jubilada. uma pena. mas o pouco que aprendi me fez muito grata. ai tenho diários e mais diários, cadernos sem fim, com milhões de ideias, histórias, contos, crônicas, cartas de amor. sim, as ridículas cartas de amor. eu nunca soube muito bem o que fazer com tanta letra, e na verdade nunca me achei assim tão excepcional. mas resolvi arriscar. fazer diferente. então neste ano me inscrevi em alguns concursos literários, resolvi participar de uma antologia e também dei início ao doloroso processo de escrever meu primeiro livro. e quer saber? eu estou AMANDO toda essa dor. e hoje no dia nacional do livro recebi a notícia de que fiquei em quarto lugar num desses concursos. estou tão orgulhosa. feliz mesmo. de todos os concursos que me inscrevi só tenho resultado de dois. um que não ganhei nada e esse. quarto lugar não ganha dinheiro, mas participa de um livro. foram mais de 500 inscritos!!!! e gente, é a primeira vez que me inscrevo! tô que não me aguento. outros ainda virão, e se deus quiser com mais e mais prêmios. até que meu livro esteja pronto. ai convido todos para um baita coquetel, combinado assim? beijo.
p.s - eu vou ver as regras direitinho, não sei se tenho autorização para divulgar o texto classificado antes da publicação do livro.   

terça-feira, 23 de outubro de 2012

infelizmente ruas estranhas é um saco


já falei isto antes: tenho a meta de ler cinco mil livros durante minha passagem por este mundo. o problema é que continuo meio perdida nas contas. não sei quantos já foram, nem quantos faltam. mas numa conta simples deduzi que lendo um livro por semana, no fim do mês seriam 4 livros. 4 x 12 dá 58 livros por ano. como não leio desde que nasci calculo ai que deva chegar à minha meta lá pelos 110 anos. é isso? então fudeu. mas vou continuar no caminho, vai que...enfim, e houve um tempo em que mesmo o livro sendo ruim eu ia até o fim dele. ai mudei. hoje eu paro, deixo de lado. ás vezes perdoo a chatice, outras deixo lá quieto até sabe-se lá quando. acontece que o último livro que peguei para ler, eu fiquei com pena dele. é verdade. morri de pena e fui lendo até o fim. mas quer saber, foi um saco. “ruas estranhas”. livro ruim, não recomendo. chato, arrastado, com histórias  que acabaram se repetindo, e escritores que não me encantaram. fazia tempo que eu não tinha uma relação tão complicada com um livro. ao ficar com pena dele, a cada história eu dava uma chance.  na verdade gostei de duas ou três de uma série de 16 contos. é um péssimo índice.  ai estampam na capa o nome de george r. r. martin e na verdade  ele só organizou a coletânea e escreveu a apresentação do livro. no fim me senti meio vazia, meio mercenária. li e não gostei e me  pergunto até agora por que diabos fui até o fim?

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

a meleca e o "cerumano"



se tem uma coisa que é nojenta é gente mexendo no nariz. tá, tirar uma meleca aqui, outra ali, quem nunca? mas vamos combinar, as pessoas estão perdendo o pudor. antes flagrava-se um "cerumano" porco lá de vez enquando. agora eles estão em todos os lugares. antes as pessoas mexiam no nariz na intimidade do banheiro ou do quarto. no máximo na solidão da sala, vendo TV, deitado no sofá. evidentemente não falo de priscas eras onde se oficializou o direito à escarrada ao se distribuir potinhos chiques pela casa na mais nobre porcelana decorada. falo do século xxi, onde, teoricamente, e muito teoricamente, o "cerumano" já evoluiu um pouquinho. embora haja controvérsia sobre essa evolução, o fato aqui é que não cuspimos mais em escarradeiras nem comemos com as mãos. quer dizer, quase nenhum de nós. enfim, vamos supor que todos tenhamos evoluído um pouquinho e que sim, espera-se um pouquinho de civilidade alheia e de respeito ao próximo. outro dia fui a um consultório médico. clinica chique, cara, médico disputadíssimo. fiquei numa sala de espera. televisão led, 42 polegadas, ligada no programa de variedades. três atendentes uniformizadas. como boa observadora, aproveito esses momentos de tédio para ficar de olho no que as pessoas andam fazendo. ou simplesmente pego um livro e esqueço do mundo. nesse dia o caso foi de ter mais uns sete pacientes esperando comigo e nenhum livro. chance de prestar atenção numa vasta opção de detalhes. e assim foi. não é que quase todos os homens que estavam lá coçaram o saco e mexeram no nariz? sim, entre eles um engravatado. enfiou o dedão bem lá no fundo pra tirar o nacão da nareba. e fez o quê com a meleca? não vi, preferi não observar tantos detalhes. um outro nem disfarçou, pegou a meleca e ficou fazendo bolinho, sabe? ficou enrolando nos dedos? é nojento? é, mas ali ninguém se importou. uns tossiam e nem se davam o trabalho de colocar a mão na boca, espalharam logo aqueles perdigotos por todos os cantos. outro espanto é ver que os motoristas também perderam o pudor de mexer no nariz. se o carro do porcão tivesse película e as janelas ficassem tapadas, ok, ninguém tá vendo. mas não. vai sem película mesmo. parou no sinal? dedão no nariz. e mais uma vez me pergunto o que é feito da meleca que sai de lá de dentro...dizem que nada é mais nojento do que você se preparar  para colar a sua meleca e já ter  uma meleca dura no lugar. uma meleca alheia, porque meleca própria pode. e aqui em brasília, com a seca que tá fazendo, os narizes não produzem meleca, produzem pedregulhos. com sangue. um horror. o que acho mais incrível é que as pessoas perderam o pudor e nem se deram conta disso. ou não se importam. coçar o saco na frente da galera é normal. coçar a orelha e tirar cera é normal. o pior, mas o pior de tudo mesmo, é que quem perde o pudor para tirar meleca do nariz perde o pudor para qualquer coisa. perde o respeito e a civilidade. o "cerumano" tira meleca, bate na mulher, cospe na rua, coça o saco, mata o cachorro, espanca a mãe. vale tudo, qualquer coisa. é tudo normal. é por isso que fica difícil acreditar numa sociedade que não se importa. não é discurso de burguezinha pudica não. é um desabafo de uma pessoa que não entende como os homens podem tratar o respeito como se fosse um favor. respeito não é opcional. seja onde for. em casa, no trabalho, no trânsito, no elevador. e são nos pequenos gestos que a gente sabe se a pessoa perdeu o respeito e a civilidade, se a pessoa é um ser humano ou um "cerumano". e eu tô cansada do "cerumano". muito cansada...