quarta-feira, 20 de março de 2013

o fantasma


sentia o perfume das flores. flores e velas. estava deitado...morto? não mexia nem pé, nem mão, nem boca. só percebia o cheiro. e ouvia: vozes, choros, murmúrios e a escuridão. perdido, não sabia como tinha ido parar ali. gritar? nem pensar. estava com medo e inerte. de repente, o pior: fecham-lhe o caixão, os olhos e a alma. foi-se para a solidão eterna. até hoje não entendeu que daquele momento em diante passava a ser apenas um fantasma,  assombração de si mesmo.

2 comentários:

  1. sempre quando leio contos de terror ou do tipo... seu me arrepio é incrivel, muito bom!

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  2. joel, que bom. (considero arrepiar muito bom heheheheh).
    beijo.

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